O novo universo digital, chamado metaverso, que se utiliza da internet, da realidade virtual e da realidade aumentada para recriar um mundo possível, chegou para se instalar definitivamente em nosso mundo analógico, racional e presencial.
As mudanças estão engatinhando, mas já sabemos que muitos bilhões de dólares estão sendo investidos em pesquisas para adequação do uso nas plataformas, design de usabilidade, que engloba assuntos como casas, shoppings, roupas, decoração, carros, festas e uma lista sem fim de possibilidades… Nosso mundo virado de cabeça pra baixo – “wonderful things”, para sermos otimistas.
Ao replicar nosso mundo, é inegável que busquemos replicar as melhores experiências, praticar os melhores conceitos, sermos melhores e mais felizes.
Muitas pesquisas ainda surgirão e muitos equipamentos diferentes serão inventados, bem como novos produtos dentro do próprio metaverso. Será um mundo como ainda não conhecemos.
As empresas começaram a investir em salas de reuniões e encontros dentro do ambiente, como uma forma de fugir das lives e salas de Zoom e Google Meet. Reuniões que se tornaram chatas e enfadonhas ao longo do recolhimento da pandemia mostraram que estar em um encontro num espaço gamificado começou a trazer melhores resultados.
A WEME – Estúdio de Design e Inovação, situada em Campinas (SP), une o ágil e o design para cocriar produtos, serviços e modelos de negócios centrados nas pessoas e suas dores, a partir da abordagem do Design Thinking. No pós-pandemia, a empresa tombou 100% do modelo presencial para o remoto.
Segundo Carolina Kia Takada, CEO e sócia da empresa, eles interagem diariamente com cerca de 70 colaboradores pela plataforma Gather, que permite conexões no metaverso. Kia enxerga que “essa interação permite que colaboradores e clientes se conectem, através de seus avatares, se expressando, caminhando pelos corredores, se encontrando, conversando”. Diferente das chamadas de vídeo, ela entende que aumenta o sentido de pertencimento. “Eles mensuram a felicidade toda semana, através de um botão chamado ‘pulse’ e a média da empresa é de 4.8, numa escala que vai de 0 a 5.”
Kia constata que a plataforma Gather faz parte e é um pilar que reforça a cultura remota de sua empresa.
Para mergulharmos no metaverso temos um grande desafio, os imprescindíveis acessórios de VR (virtual reality), necessários a uma experiência imersiva. Entre eles, os principais são os óculos 3D, como os usados numa experiência feita pela Coburg University, da Alemanha, em parceria com outras instituições de ensino.
Esse estudo revelou alguns efeitos colaterais em um grupo de pesquisa que ficou uma semana confinado em sala de trabalho no metaverso, por oito horas seguidas. Alguns desistiram nos primeiros dias, outros sentiram náuseas e dores de cabeça, provocadas pela falta de costume e pelo peso do fone de ouvido do Oculus Quest 2, modelo usado pelos participantes. Apesar de pequeno, o experimento pode incentivar outros pesquisadores a identificar problemas vindos do uso prolongado desses ambientes focados no trabalho.
Outra dificuldade encontrada para se ter uma experiência imersiva é o custo desses acessórios VR, que custam a partir de R$ 524 no Mercado Livre e atingem facilmente a cifra de R$ 4.000, dependendo do fabricante.
Não podemos deixar de citar também a nossa rede de internet, que não está operando totalmente na faixa de 5G, o que atrapalha contatos em locais mais remotos e a participação de muitas pessoas, como acontece numa sala do Zoom, por exemplo. Segundo matéria no portal da Bosch, “…teremos uma revolução no processo da transformação digital com a chegada do 5G. Os números falam: latência de apenas milissegundos, confiabilidade (99,99%) e altíssima taxa de transmissão – 20 vezes mais alta que o 4G. Esse novo padrão de transmissão de dados trará um grande impulso no mundo da Internet das Coisas (IoT), que impactará todos os segmentos da sociedade.”
O que é certo é que cada vez mais empresas investem nesse mercado para estar com seu ambiente garantido no metaverso.
Os estúdios desenvolvedores de games já estão colocando a monetização dentro dos jogos como uma importante fonte de divisas e crescimento, como a gigante Epic Games, proprietária do FortNite, que fechou contrato com a Balenciaga para criar iniciativas diferenciadas – oportunidade de negócios, lojas e espaços de lançamento de produtos em seus mundos digitais, que são visitados por milhões de pessoas ao redor do mundo.
O mundo empresarial não deve voltar a ser como era antes da pandemia, e o metaverso vai provocar muitas mudanças ainda. A logística de viagens, hotéis, palestras, cursos fora, não faz mais sentido quando pudemos provar a mudança real em nossas vidas, ficando mais tempo em casa, menos no trânsito, otimizando trabalhos, equipes, tudo remotamente.
Nós, na Like – Agência de Marketing Digital, estamos antenados com essas mudanças e vamos investir para estarmos alinhados até o final deste ano. Queremos proporcionar uma experiência diferenciada entre nossos colaboradores, ao contrário de outras empresas, que querem monitorar seu funcionário. É preciso ponderar para não ser invasivo. Acreditamos que as reuniões e a convivência no metaverso, as decisões em conjunto, podem contribuir muito para o desenvolvimento do ambiente e da cultura da empresa.
Todos os colaboradores, independente do país em que estiverem localizados, poderão estar em contato, conhecendo nosso ambiente e partilhando os valores da empresa, a nossa egrégora.
Este partilhar mais próximo, reproduzindo sensações como se estivéssemos ao vivo, em ambientes que reproduzem nossa vida – muitas vezes melhorada -, pode ser o maior ganho dessa grande jornada que apenas se inicia.