Marketing digital para sorveterias: como usar as redes sociais para vender mais

O brasileiro é um usuário assíduo de redes sociais e frequenta essas plataformas também durante a rotina de consumo. Empresas do segmento de sorvetes podem se beneficiar desses espaços virtuais, especialmente as pequenas empresas, que têm pouco orçamento e encontram no mundo digital um canal mais acessível para chegar ao consumidor.

Só no Brasil, são 159 milhões de pessoas usando as mídias sociais, como Facebook, Instagram, TikTok, entre outras, diariamente. É o que aponta um estudo realizado pela Statista publicado em 2021.

Esses números indicam o potencial de mercado que existe nas redes sociais, disponível também para pequenos negócios, incluindo sorveterias e demais comércios que vendem sorvetes e demais tipos de sobremesas congeladas.

A pesquisa Fispal Food Digital, realizada em 2022 pela Fispal Food Service e Fispal Sorvetes em parceria com a EFGV (agência júnior da FGV), mostrou que 25% das empresas reconhecem que as pessoas compram sorvetes em lojas físicas embora não tivessem necessariamente buscando por ele.

Diante disso, é possível afirmar que o marketing digital ajuda a lembrar o público com maior frequência sobre os prazeres do consumo desse tipo de produto. Dessa maneira, as redes sociais e outras iniciativas no mundo virtual podem potencializar os resultados das sorveterias.

Hoje, empreendedores de sorveterias sabem que ficar de fora das redes sociais implica em ficar oculto para um público potencial relevante, o que impacta diretamente em vendas e faturamento.

Mas quais são as estratégias que mais funcionam para redes sociais de sorveterias? Onde investir tempo e dinheiro? Empreendedores do segmento dão as respostas. Antes, vale destacar a importância do marketing digital para os pequenos negócios.

Voz aos pequenos

O preço alto a se pagar por um anúncio em veículos tradicionais sempre foi um empecilho para que pequenos empreendedores expandissem seu público por meio das mídias disponíveis. Mas, com o marketing digital, as coisas mudaram, como salienta Dirlan Castro, Sócio da Echosis. “O marketing digital chegou para democratizar esse cenário. Ele é acessível ao pequeno empreendimento”, diz o empreendedor.

Da mesma forma, Emerson Serandin, Sócio da Ice Creamy, acredita que o marketing digital quebrou as barreiras de entrada para qualquer pequeno negócio. “Qualquer pequeno negócio consegue ser visto e lembrado, basta se fazer presente no meio digital, de forma estratégica”.

Quebrar essa barreira é relativamente simples, no entanto, ser relevante no meio digital pode ser bastante desafiador, mas há estratégias que podem ajudar. Usar influenciadores digitais é uma das possibilidades apontadas pelos empreendedores.

Use influenciadores

Para conseguir sucesso nas redes sociais, é possível contar com a ajuda de influenciadores digitais. Estes profissionais da comunicação podem ser ótimos geradores de valor para as marcas com as quais se associam, seja com a atração de leads qualificados (potenciais clientes), seja pela conversão direta de vendas.

Emerson Serandin diz que se unir a pequenos influenciadores, que alcançam públicos segmentados, é uma das estratégias da Ice Creamy. “Conseguimos pincelar bons influenciadores regionais e com isso alcançar e impactar uma parcela da população”, garante o sócio da Ice Creamy.

Outros potenciais influenciadores são os funcionários da empresa. Diante disso, uma ideia para sorveterias sugerida por Castro é recompensar os próprios funcionários para que eles sejam influenciadores do estabelecimento e da marca.

“Se você é empresário de sorveterias, peça ao seu funcionário para falar da sua marca em suas redes sociais. Ao invés de pagar um influencer, distribua esse valor aos seus funcionários, recompensando-os”, sugere.

Para realmente engajar pessoas, os conteúdos devem ser impactantes e originais. Especificamente para sorveterias, as pessoas veem no sorvete (e na empresa) uma forma de buscar um momento de alegria e reviver lembranças afetivas. As redes sociais destes negócios devem proporcionar isso também.

Na Ice Creamy, por exemplo, as postagens são sempre descontraídas e costumam abordar coisas do momento. “Fazemos posts descontraídos e diferenciados, usamos também muito a ferramenta de reels. Para nós, essas são as ações que engajam e geram conteúdos”, afirma Serandin.

Quem também pode ajudar a divulgar a marca nas redes sociais são os clientes, reforça Dirlan. “Podemos trabalhar de diversas formas com esse cliente. Uma maneira é oferecer algo como uma amostra grátis ou algo semelhante para que o público passe a seguir as redes sociais da marca ou compartilhe uma publicação”, sugere Dirlan.

Importante salientar que essas estratégias geralmente não demandam grandes investimentos.

Seja autêntico

O sócio da Ice Creamy diz que a autenticidade é o ponto central do marketing digital. “O produto, ao ser apresentado nas redes, precisa ser o mais verdadeiro e natural possível. Não vale mais aquela ideia de ter uma foto linda de um sorvete, mas, na prática, ele não ser assim. Isso frustra o consumidor”, diz Serandin.

Em contrapartida, é preciso seduzir o consumidor, diz Castro, da Echosis. “Precisamos ser autênticos, sim, mas precisamos produzir fotos e vídeos para que as pessoas tenham vontade de consumir”, acrescenta.

Recorra a anúncios pagos

O alcance é outro ponto importante do marketing digital, e a aquisição de anúncios pode ajudar nesse aspecto, atraindo o que se chama de “tráfego pago”.

Mas tanto Serandin quanto Castro acreditam que os anúncios pagos e o tráfego orgânicos devem compor uma mesma estratégia. “O mundo gira em torno do tráfego pago e essa deve ser uma possibilidade, mas se o orgânico não for bom o suficiente, a estratégia não funcionará”, alerta Serandin.

Castro acrescenta que o tráfego pago dá a possibilidade de, mesmo com pouco investimento, ter bons resultados. Mas se todo o trabalho de tráfego não vier acompanhado com um orgânico bem feito, será dinheiro jogado fora.

O empreendedor explica que é importante que os perfis e páginas da sorveteria nas redes sociais sejam visualmente atraentes, assim como devem ser as lojas físicas. O perfil precisa ter fotos e vídeos de qualidade e postagens recorrentes.

“É preciso que o público goste do que está vendo e sinta o desejo de visitar o estabelecimento fisicamente para experimentar os produtos”, explica o consultor da Echosis.

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