O metaverso se abre como um novo território de relacionamento das marcas com seu público, possibilitando ações mais imersivas e hiper contextualizadas em que o marketing digital terá uma nova fase de desenvolvimento e possibilitará mais:
- Emulação do contato físico: muitas ações, contatos e interações que ocorrem atualmente no ambiente online esbarram no desejo por um contato humanizado. No metaverso é possível a criação de avatares de atendimento, interagindo com os avatares dos consumidores que darão a sensação de presença. Há uma diminuição da racionalidade da compra online, muitas vezes focada apenas no produto, preço e promoção, trazendo mais emoção ao momento da compra.
- Exponenciação dos espaços: atualmente, ao realizar ação de marketing em um mundo físico, além do deslocamento, há a limitação de capacidade. No metaverso, o espaço pode ser multiplicado, podendo ter multiversos espelhos, derrubando a barreira da capacidade.
- Social commerce 2.0: estamos em desenvolvimento quando se fala em social commerce, há ainda muito para evoluir. Por meio do metaverso, esse tipo de compra será ainda mais gregária e imersiva. Uma das portas de entrada e desenvolvimento que o Meta planeja para massificar o metaverso é melhorar experiências de compra.
Por onde começar?
É importante pensar algo diferente em vez de criar uma simples reprodução virtual do que se faz no mundo real. Um exercício interessante para as marcas planejarem um caminho diferenciador no metaverso é entender o que você tem de ficção hoje com seu consumidor e como isso pode ser sanado no metaverso.
No caso de uma marca de roupas, por exemplo, ao experimentar uma peça no ambiente físico você tem a limitação do espaço, da disponibilidade no estoque. Ao experimentar no metaverso, você pode não só provar como mudar cor, fazer “ajustes”, mudar o cenário para ver como ficará em outro ambiente (praia, festa, etc.) ou até simular como ficará naquela roupa se emagrecer. As possibilidades de eliminar fricções são imensas.
Recentemente a Nike requereu uma série de patentes para suas marcas serem usadas em universos virtuais, mostrando que esse é um movimento que veio para ficar.
No início do ano, publicamos um artigo sobre o conceito do metaverso e sinalizando a importância das marcas se prepararem para esse movimento. Criar experiências que mesclem universo físico e digital, mesmo que pequenas ou pontuais, é um importante passo para testar como a sua categoria e marca se estabelecem nesse novo contexto.
É importante fazer esse trabalho gradualmente, pois não vai haver um momento em que o metaverso vai “chegar”. Não vai ser uma chave que virará do dia para noite.
Mesmo com players como Nike, Facebook, Microsoft, Fortnite e Roblox já experenciando esse novo contexto, a tendência é o metaverso existir como pílulas de desenvolvimento, micrometaversos, experiência híbridas que serão estabelecidas e isso tudo vai se fundir em macrometaverso (ou macrometaversos).
Mark Zuckerberg, na sua apresentação do Meta, avalia que o metaverso será massivo daqui cinco a dez anos. Pensando em ciclo de consumo, é o seu público de hoje que também estará nesse novo contexto. Assim, a hora de pensar no novo marketing digital de metaverso é agora.