As compras no ambiente digital não mostraram nenhum sinal de desaceleração, apesar dos consumidores estarem voltando a frequentar lojas físicas após a diminuição de restrições pós-pandemia, segundo dados do Relatório de Apps Mobile de Compras 2022, da Liftoff, em parceria com a Singular.
O mercado de mobile commerce (ou m-commerce) vem crescendo e, em 2021, gerou uma receita de R$ 95,5 milhões, representando 53% das vendas do e-commerce nacional, de acordo com levantamento da Nielsen. Além disso, em 2020, o tíquete médio também aumentou de R$ 377,00 para R$ 398,00, o que mostra um crescimento significativo deste modo de consumo. Entre os principais motivos estão o fato de que o celular é visto como a principal ferramenta de compras entre os brasileiros e 69% dos consumidores destacam a facilidade de comprar sem precisar sair de casa.
Os dados da Liftoff mostram que a utilização de tráfego pago representa de 70% a 80% das novas instalações de aplicativos e as aquisições de usuários cresceram, principalmente, em dispositivos Android após o lançamento do ATT (Estrutura AppTrackingTransparency da Apple), o que tornou mais difícil para publicitários a definição de um público-alvo e a personalização de suas campanhas em redes de anúncios para iOS. Esta é uma tendência importante também para o mercado de e-commerce mobile no Brasil, visto que 85% da população utiliza o sistema operacional Android.
Aplicativos de compras mostram maior avanço que aplicativos de delivery de comida
Sem dúvidas, a pandemia mudou a forma como os usuários abordam as compras e as refeições, aumentando a demanda por soluções em aplicativos. O relatório da Liftoff mostra que aplicativos de compras têm menor custo, e neles, os usuários são mais propensos a realizar ações (19,6%), como fazer uma compra, por exemplo, em comparação com aplicativos de entrega de alimentos (16,8%). Um exemplo disso é como a Shopee superou o iFood, sendo o app de compras mobile mais utilizado no Brasil.
Jeremy Bondy, CEO da Liftoff, explica que as compras em aplicativos se tornaram mais proeminentes desde o começo da pandemia. O executivo afirma que as “compras mobile são o novo normal, pois é mais fácil para as pessoas navegarem e comprarem do conforto de qualquer lugar. Apesar do impulso para voltar ao varejo presencial, ainda existe um forte incentivo para as compras no ambiente online e vamos continuar vendo essa tendência no futuro.”