Sim claro, sabemos da importância da presença dos produtos e serviços turísticos nas estratégias de marketing digital. Quem não quer conversar com pessoas em qualquer lugar do mundo? Aumentar a visibilidade? Melhorar a experiência do cliente? Unificar a promoção pública e privada de forma cooperada?
Algumas experiências recentes no mercado brasileiro, no entanto, mostram muitas dificuldades e desafios para que os caminhos da digitalização e uso de tecnologias nas pequenas e médias empresas e nos destinos turísticos do Brasil tenham competitividade. Ainda que existam exceções. Vamos falar de 3 pontos de atenção.
Estratégia
As empresas de pequeno porte e os destinos ainda trabalham sem um plano de negócios, sem uma estratégia definida de onde querem chegar. No caso dos destinos, até podem ter Planos de Marketing, mas que não se transformaram numa metodologia de trabalho incorporada na equipe; que sofrem mudanças sem critérios junto com as mudanças de gestão. Não ter uma estratégia é andar sem destino e sequer saber se a estrada está boa, se vai conseguir se sobrepor aos obstáculos, se terá água e comida pelo meio do caminho. Diante desse cenário, fica difícil entender o poder de transformação das tecnologias e a mudança que estas trazem em termos de equipes, ferramentas, prioridades de investimentos, etc.
Equipes
Nas pequenas empresas, normalmente é o proprietário que cuida da gestão e do marketing. Nos órgãos públicos, pode existir a dependência das secretarias de comunicação (mais focadas na gestão pública interna) e ainda a falta de profissionais com capacitações voltadas às habilidades digitais mais básicas. O nível de conhecimento por parte das lideranças sobre tecnologias e seus benefícios pode ser insuficiente para avaliar os resultados dos investimentos em tecnologias e da digitalização do marketing. Falta ainda capacitação para habilidades básicas e apoio de treinamentos adequados.
Investimentos
Me refiro à ter no orçamento da pequena empresa ou do destino recursos direcionados aos investimentos em tecnologia e à capacitação permanente de equipe. Todas as dificuldades recentes desde 2020 com as grandes perdas financeiras e até fechamento de pequenos negócios torna esse desafio ainda maior. Os programas e movimentos voltadas à startups ou inovação no turismo ainda são restritos, e carecemos de maior divulgação e acesso a ferramentas já testadas, com custos acessíveis. Precisamos de financiamentos e grande investimento na digitalização e inserção de tecnologias no turismo nacional.
Como está esse cenário em sua empresa? Em seu destino?